40 sugestões musicais para 2011
Os britânicos, com sua imprensa musical afinadíssima, já escolheram. Sites, blogs e afoitos já decidiram desde o ano passado,mas, como sempre, só a realidade poderá dizer quem vai se dar bem, musicalmente falando, neste ano; o negócio, então, seria aguardar até o fim do ano para não dar uma de um malogrado visionário.Contudo, como algumas das bandas apontadas como promessas já frequentaram o meu blog e o programa “Momento Maia”, ouvi todas as sugestões e acabei selecionando sonoridades e conceitos que achei intessantes. Podem até não acontecer, mas pelo menos vale uma escutada, portanto, confira estas 40 boas promessas para 2011!
• Alex Winston, ou seja, a cantora Alexandra Wilson, natural da cidade americana de Detroit, é multi-instrumentista e teve uma formação erudita, porém segue uma linha mais linear sem forçar modernidades; seu vocal tem estilo próprio, fugindo dos modismos contemporâneos. Seu single "Choice Notes" fez bonito no ano passado, assim como o EP, apesar de sugerir muito um clima de anos 80. É preciso conhecer seu trabalho quando ela apenas toca violão e canta, aí se nota a diferença, assim como no palco.
• Anna Calvi: esta inglesa causou suspiros em nomes da elite musical como Brian Eno e Nick Cave; seu álbum de estreia sai agora em janeiro.
• Brother: quarteto britânico da cidade de Slough, está sendo apontado como aqueles que vão fazer o espírito do Britpop renascer com tudo, aguardemos.
• Cerebral Ballzy: diretamente de Nova Iorque, um quinteto multicultural que mostra que ainda existe força e novos caminhos para o punk e hardcore.
• Chapel Club: grupo inglês que declara influências de Deerhunter e New Order, começou a criar polêmicas ao usar temas religiosos como no clipe do single “Surfacing“; o disco de estreia está previsto para o final de janeiro.
• Clare Maguire: mais uma britânica a seguir o caminho do “blue eye soul”. Ela conta que “escreveu sua primeira canção aos sete anos de idade, e nunca se lembra de querer fazer qualquer outra coisa na vida”. Para ela, “a música não era uma escolha de carreira, ou um caminho mais rápido para a fama. Foi um chamado.” O disco de estreia sai em fevereiro.
• Cults: no começo de 2010 dizia-se que existiam mais informações numa embalagem de chocolate do que sobre a história desse grupo; considerado um “não googavel”, foi assim que este duo americano, formado pelo casal de namorados Brian Oblivion (guitarra e vocais) e Madeline Follin (vocal), transformou seu single “Go Outside” num fetiche moderno.
• Diamond Rings: vindo diretamente de Toronto, Canadá, aposta no carisma e na performance de John O’Regan, o nome por trás deste projeto. • Dom: trio americano de Massachusetts, formado por Erik, Bobby K e Dom, faz um pop cabeça universitário.
• Egyptian Hip Hop: quarteto pós- rock de multi influências, vindo de Manchester. Um liquidificador sonoro de bom gosto. Se não emplacarem com seu som, com , no estilo de penteado vão fazer seguidores.
• Esben & the Witch: trio inglês similar aos contemporâneos “The XX” no quesito comportamento, mas que na parte sonora procura experimentalismos mais ruidosos e com influências de anos 80; o disco de estreia sai este ano. • Everything Everything: grupo de Manchester, formado em 2007, tentando ser diferente de tudo que esta por aí, será que vai conseguir? Lançou no ano passado o primeiro disco: “Man Alive”.
• Fiction: quarteto londrino formado em 2009, que mistura ne w wave, art rock, post-punk; faz o que chamam de “pop anárquico”.
• Fixers: quinteto britânico que traz a psicodelia moderna, direto de Oxford.
• Foster The People: diretamente de Los Angeles, formado em 2009, ficou conhecido na “web” com o interessante single “Pumped Up Kicks”; este ano, deve passar pela prova de fogo.
• Freelance Whales: formado em 2008 no bairro Queens, de Nova Iorque, faz a mistura inusitada de elementos eletrônicos e instrumentos do século 18; texturas sonoras ousadas. Lançou seu primeiro disco, Weathervanes, no ano passado.
• Funeral Party: grupo californiano que tem a energia como base; vigoroso, primitivo e causa empatia na primeira audição.
• Gayngs é um supergrupo indie, liderado pelo produtor Ryan Olson, e seu álbum de estreia, “Relayted”, incluiu, como nos shows, cerca de 25 músicos - membros de várias bandas de Minneapolis, incluindo Solid Gold, Megafaun, Lookbook, Leisure Birds, Rhymesayers ,Rosebuds e Bon Iver.
• Giggs: como nos anos 60, os ingleses fizeram os americanos redescobrir seu próprio rock e, desta vez, o rapper londrino Giggs repete a história com seu rap, capaz de trazer frescor ao estilo.
•Glasser: como uma colisão de Joni Mitchell e Cocteau Twins, diretamente da Califórnia, a orquestra etérea, da talentosa Cameron Mesirow, lançou no ano passado o interessante disco “Ring”.
• Grouplove: quinteto de Los Angeles, que surpreendeu com seu EP, homônimo de estreia.
• Gypsy & The Cat: duo australiano que faz um cruzamento suave de folk-pop com eletrônica; lançou no final do ano passado o disco “Gilgamesh”.
• Jai Paul: a forte aposta da BBC; este jovem de 21 anos, de North West London, acreditam os críticos, tem uma visão surpreendentemente moderna da música pop do século 21. Assinou com a respeitada gravadora XL, casa de M.I.A. e do XX, explodiu na Blogosfera graças a sua faixa BTSTU, que concordo, soa bem interessante.
• James Blake: uma unanimidade; todas as listas apontam o som intimista e introspectivo de James como uma das certezas de 2011.
• JJ: o misterioso duo formado por Joakim Benon e Elin Kastlander, lançou seus dois discos (“jj nº 2″ e “jj nº3″) por duas gravadoras diferentes: Secretly Canadian e Sincerely Yours. Não possue nem my space nem site oficial.
• MNDR: original da Califórnia, mas agora residindo em NY, este duo eletrônico formado em 2009 por Amanda Warner e Peter Wade, hoje resumido a Amanda, já é bem cultuado pelos seus poucos singles.
• Mona: quarteto americano baseado em Nashville, liderado por Nick Brown que é descrito como "aquele que teve uma educação fragmentada entre algo musical e espiritual", caiu na graça dos Britânicos, mas qualquer um que ouve fica imediatamente envolvido pelo som direto, sem embromação; rock puro e puro rock.
• Mount Kimbie: é uma dupla britânica composta pelos produtores Dominic Maker e Kai Campos, lançou no meio do ano passado o álbum “Crooks & Lovers” pelo selo alemão “Hotflush Recordings”, uma verdadeira construção sonora, que vai do dubstep ao hip hop.
• Niki And The Dove: trio sueco liderado pela vocalista Malin Dahlström, costuma surpreender com momentos sonoros inusitados.
• Oh Land: não é uma banda, e sim a cantora dinamarquesa Nanna Fabricius, que foi para Nova Iorque, neste ano e causou furor na suas aparições no festival CMJ. Na Dinamarca, editou um LP, "Fauna", e agora se prepara para conquistar o mundo.
• Pure Ecstasy: liderada pelo cantor e compositor Nate Grace, a banda faz melodias “lo-fi” ambientadas pela abundância de reverb. Sua música é simples, quente e direta.
• Sleigh Bells: noise pop, duo americano composto por Derek E. Miller na parte sonora e a atraente Alexis Krauss na parte vocal. Lançou o disco “Treats” no ano passado.
• Summer Camp: a dupla Sankey Elizabeth e Jeremy Warmsley diz que o encontro nasceu por acaso e por uma vontade de fazer uma música com ar nostálgico; o EP “Young” foi uma festa no mundo indie.
• The Middle East: formado em 2005, na Austrália, começou a fazer furor no cenário indie quando em 2009 abriu para o badalado “Grizzly Bear” e depois lançou um EP nos Estados Unidos, o que consolidou o grupo.
• The Naked and Famous: há tempos que não se ouvia falar de bandas da Nova Zelândia, que um bom tempo atrás foi um polo de coisas interessantes; para reparar o lapso, chega este grupo no qual os únicos membros que se mantêm fixos são Thom Powers (guitarras, voz, sintetizadores) e Alisa Xayalith (voz, sintetizadores); lançou singles desde 2008, mas neste ano conseguiram chamar a atenção após lançar o disco "Passive Me, Agressive You". • The Smith Westerns: jovens de Chicago que curtiam as raízes do rock de garagem e o movimento “Glam”. Lançaram o primeiro disco em 2009 e agora em janeiro, sai o novo disco: Dye It Blonde.
• The Vaccines: quarteto londrino que mal acabou de se formar em 2010 e virou hype, graças ao single "If You Wanna"; rock básico na veia, seu disco de estreia “What Did You Expect From The Vaccines” está previsto para março.
• Tribes: apesar de se acharem bem britânicos, dizem que sua maior influência são as bandas americanas como Pixies, Pavement e REM. A fama do grupo cresceu no mundo indie e, segundo eles de forma “orgânica”, seguindo os métodos tradicionais de dar gravações “demo” para todos os amigos.
• Veronica Falls: “lo-fi” londrino, com vocais femininos, poderia parecer algo bem manjado, mas há algo de estranho extramente atrativo nele. A banda conta com a participação de ex- integrantes de bandas como Sexy Kids e The Royal We e apareceu no fim de 2009 na descolada e reveladora coletânea da Rough Trade, tradicional desde 76 como veículo de boas bandas.
• Yuck: quinteto inglês considerado um Sonic Youth desencanado, emocionou a imprensa musical com o single “Automatic”.

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